Este blog tem como objetivo desmistificar o Ensino da Física percebendo a relação desta disciplina com o seu dia-a-dia, bem como fazer com que os alunos sintam prazer em aprender Física, adquirindo autonomia para estudar, escolhendo os próprios métodos e bibliografia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A FISICA NO COTIDIANO



Ensinar física é uma atividade através do qual, consciente ou inconscientemente, deliberadamente ou não, é transmitida aos alunos uma mensagem a respeito do que seja físico, do modo como é produzida e das relações com a tecnologia. Sendo assim, não se pode deixar de explicar, a esse respeito.

No ensino da física acredita-se, muito comumente, que ensinar consiste simplesmente em apresentar aos alunos um conjunto de noções de maneira clara, inteligível e logicamente ordenado.

Ensinar física, pelos desafios envolvidos, é uma atividade que exige um nível de profissionalização mais elevado, no sentido de que os docentes devem se sentir preparados e seguros para enfrentar os problemas complexos para os quais ainda não se tem solução e se considerem capazes de propor soluções originais ou de fazer escolhas mais adequadas em cada situação.

A física em sua evolução desenvolve não apenas novas entidades, conceitos e representações sobre o mundo natural, mas também formas de investigação e forma de abordagem que são continuamente renovadas em função de seus propósitos e dos interesses sociais e da comunidade científica. Deve-se propiciar aos alunos adquirir a visão de que não há um método científico universal e infalível, capaz de resolver qualquer problema e nos conduzir a verdade. Cada situação requer um modo especifico de abordagem em função das suas características e da natureza do problema a ser resolvido. Assim, não há soluções definitivas. Conhecer é interpretar, e isso, por se, só, já nos assegura que não há um caminho privilegiado que possa nos conduzir a verdade definitiva.

Assim o ensino de física deve estar preenchido com o desenvolvimento de habilidades básicas de comunicação tais como: planejamento e comunicação de resultados, entendimento de linguagem gráfica, interpretação de tabelas, compreensão definições e expressões matemáticas. Sendo assim para melhor compreender o processo de aprendizagem de física é necessário desenvolver práticas diferenciadas e dessa forma poder entender e discutir alguns pontos relativos dessa área do saber, assim os alunos mostraram-se mais independentes diante dos procedimentos, das formas de trabalho e das ações que aprenderam. São também capazes de maiores formalidades no pensamento e na linguagem. Isso aumenta a possibilidade de compreensão autônoma das definições cientificas presentes nos livros didáticos e a própria escrita de definições, o que antes é o maior desafio. São habilidades que lhes possibilitam obter informações, organizar dados e construir hipóteses com desenvoltura e colaboram para a realização de investigação mais longa e detalhada. Os alunos ainda necessitam de mediação do professor para a observação, a experimentação e produção de esquemas entre outros procedimentos mais sofisticados principalmente se essas práticas já foram vivenciadas e aprendidas. São exemplos de procedimentos mais difíceis que podem ser tratados: a construção e interpretação de gráficos de tabelas de esquemas sobre sistemas complexos, de textos informativos e dissertativos longos, estudos de meio com diversos objetos paralelos.

Os procedimentos correspondem aos modos de buscar, organizar e comunicar conhecimentos. São bastante variados: A observação à experimentação, a comparação, a elaboração de hipóteses e suposições o debate oral sobre hipótese, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos, a elaboração de roteiros de pesquisa, a busca de informações em fontes variadas, a elaboração de questões para enquête, á organização de informações por meio de desenhos, tabelas gráficos esquemas e textos, o conforto entre suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação a elaboração de perguntas, a proposição para a solução de problemas.

O ensino só é possível pelo trabalho com diferentes temas distintos com atenção para aqueles que permitem ampliar a compreensão da realidade. Certos temas podem ser objeto de observações direta ou experimentação, como as atividades que foram realizadas pelos alunos do 1º ano do ensino médio do Instituto de Educação Régis Pacheco em Jequié:

O Borrifador caseiro onde a água sobe pelo canudinho e é estabeleça uma diferença de pressão entre as extremidades do canudinho imerso na água, o que faz a água subir pelo canudinho e se misturar com a corrente de ar, ocorrendo assim à dispersão da água.

Fazendo um ovo flutuar: o ovo afunda no copo com água dissolvendo sal na água, conforme a concentração de sal na água aumenta o ovo começa a subir. Se o ovo afunda na água da torneira sua densidade é maior que 1g/cm3. Nessa situação o peso do ovo é maior que o impulso que ele recebe da água.

Efeito de pressão menos que a atmosférica: O copo aprisiona os gases em alta temperatura e grande quantidade de vapor de água. A chama da vela apaga-se por que o oxigênio no interior do copo acaba. A temperatura dos gases diminui e grande parte do vapor de água se condensa. A pressão dentro do copo diminui e fica menor que atmosfera dentro do copo até que a pressão interna mais o a pressão da coluna de água dentro do copo equilibra a pressão atmosfera.

E outras como equilibrando uma gota de óleo, porque alguns objetivos afundam e outros não? Essas atividades serão apresentadas na IV Mostra Cientifica e Cultural do Instituto de Educação Régis Pacheco com apoio da Física, Matemática e Biologia.

A discussão dos resultados da experimentação será um momento importante. A idéia de experimento que da certo ou errado deve ser compreendido dentro dos referenciais que serão especificamente adotados.

A autonomia dos alunos nas experimentações tornou-se mais ampla quando eles mesmos participaram da elaboração, realizando por eles mesmos as ações sobre os materiais preparando o modo de organização das anotações, realizando e discutindo os resultados.

Portanto mostrar a física como elaboração humana, para compreensão do mundo é uma meta para o ensino e seus conceitos e procedimentos contribuem para o questionamento do que se vê e se ouve e ainda, para interpretar os fenômenos da natureza, para compreender como a sociedade em que se vive intervém utilizando seus recursos e criando um novo meio social e tecnológico.

Por outro lado essa meta envolve ainda, o planejamento e a realização de trabalhos práticos, pois as dimensões do conhecimento científico não se restringem aos conteúdos de tipos experimentais, cuja função é encontrar correlações positivas ou produzir efeitos que possam ser comparados com previsões teóricas.

Porém para desenvolver a capacidade de observação dos alunos é necessário, portanto, propor desafios que os motivem a buscar os detalhes de determinados objetos, para que o mesmo seja percebido de modo cada vez mais completo e diferente do modo habitual.

Por intermédio das experiências educativas, essas experimentações realizadas pelos alunos demonstram ser uma ferramenta excepcional de apoio ao processo de ensino, uma vez que oportuniza a integração de outras áreas como a química, matemática e a biologia, criando assim ambiente favorável para que os alunos vivenciem através de experimentos, exercitando e desenvolvendo seu espírito criativo, raciocínio lógico e habilidades manuais.

Quando se estuda Física, principalmente na escola, a idéia que normalmente se tem é que nem tudo o que é aprendido realmente tem alguma utilidade prática. No entanto, muito do que é visto como idealização de modelos tem grande aplicação no dia-a-dia, desde as atividades físicas que realizamos até os equipamentos sofisticados que carregamos, como os telefones celulares e relógios.

Para conhecer algumas destas aplicações, acesse os links a seguir:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fisicaecotidiano/index.html

http://www.adorofisica.com.br/fisica.html

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